Terra cinza re-visitada no Museu de Arqueologia e Etnografia, Setúbal

Terra cinza re-visitada tem por base o trabalho apresentado em 2012, Terra cinza, que partiu de uma motivação e intenção claramente definidas no tempo. A presente exposição apresentada no Museu de Arqueologia e Entografia do Distrito de Setúbal MAEDS resulta de uma rememoração desse trabalho inicial  e do seu relançamento, passados quase três anos. Como premissas orientadoras paraTerra cinza re-visitada recorro a alguns pensamentos sobre a paisagem contemporânea, em geral, e, ao conceito de não lugar, em particular. Do trabalho inicial de 2012 relembro

A motivação e a urgência deste trabalho resultaram de uma visita à serra do Caldeirão, durante os dias dos incêndios devastadores no início do verão de 2012. As relações e vivências ancestrais dos habitantes com a serra foram destruídas de forma violenta em poucos dias. A paisagem que resultou deste “inferno” tornou claro o sentido de um trabalho dominado por pouca e esbatida cor, muito cinzento e preto. Através das fotografias das ruínas da mina de São Domingos a ausência da cor é levada ao extremo do preto e branco, retirando assim àquela paisagem, àquelas ruínas, um dos seus motivos de espanto e permitindo assim evidenciar outros, nem sempre “visíveis”.
mp 2012

A exposição Terra cinza re-visitada integra a iniciativa de mostras do MAEDS intitulada A linha e o espaço, patente no museu até 15 de Setembro, que inclui mais três exposições de Fábio M. Roque (fotografia), Filipe Rodrigues (desenho), e Rogério Paulo Silva (multimedia).  Provas disponíveis.