



























Alqueva – paisagem que muda povo que espera é um trabalho de fotografia documental de longa duração. Acompanhou os últimos anos de implementação do projecto de Alqueva em geral, e os efeitos da construção desta mega-barragem sobre as populações e o meio-ambiente locais, em particular.
As fotografias foram captadas entre 2000 e 2004, num processo de gradual aproximação à população da Aldeia da Luz. Estas fotografias servem para documentam a inevitabilidade de um fim anunciado daquela aldeia e algumas das reacções a este acontecimento. Um excelente video de Catarina Mourão documenta diversas reacções dos habitantes que foram transferidos para a nova aldeia da Luz.
Em formato de exposição o trabalho circulou por vários pontos no Alentejo, incluindo a Casa Museu Jorge Vieira, Aljustrel, Almodôvar, e o Museu da Luz. As exposições foram acompanhadas por outras actividades, tais como “workshops” e debates, sempre animados.
Em 2007 com o apoio da Associação Arte Contempo foi finalmente possível publicar o livro Alqueva – paisagem que muda, povo que espera, com texto de António Oliveira Soares, grande responsável pela ideia semente de todo o projecto.
Em 2013 uma nova edição do trabalho, intitulada Luz da memória, Luz da vivência, integrou a mostra colectiva de fotografia Aldeia Dupla (ver publicações), com António Carrapato e Benjamim Enes Pereira, no Museu da Luz e em alguns locais públicos da nova aldeia.
Esta edição de imagens (c. 70) centrou-se nas vivências dos habitantes da Aldeia da Luz, captadas no início da década passada. Partilhar estes momentos extraordinários é a minha forma de devolver àquela/esta comunidade os ensinamentos que me proporcionaram, ensinamentos e reflexões que ainda hoje me iluminam e orientam o caminho de fotógrafo e de pessoa.